Vaiado, Elano pede desculpa por "cavadinha" e revela tentativa de sequestro de seu pai Depois de desperdiçar pênalti e ser vaiado, meia lamentou "semana para esquecer"

O meia Elano foi o primeiro a conceder entrevista coletiva nos vestiários do Santos após a derrota por 5 a 4 para o Flamengo, na noite desta quarta-feira (27), na Vila Belmiro. Chateado, o jogador pediu desculpas pelo pênalti desperdiçado no primeiro tempo, mas criticou as vaias de alguns torcedores.
Além disso, Elano revelou um drama vivido por sua família durante a semana. Segundo o jogador, seu pai quase foi sequestrado.

- Foi uma semana difícil, complicada. Meu pai quase foi sequestrado duas vezes, na segunda e na terça-feira. Não é desculpa [para errar o pênalti], mas é uma semana para esquecer da minha vida.

Elano cobrou o pênalti com uma "cavadinha", e o goleiro Felipe segurou a bola com facilidade. O meia, que já estava "marcado" pelo pênalti desperdiçado contra o Paraguai na Copa América, assumiu o seu erro.

- Assumo a responsabilidade e peço desculpas à torcida do Santos. Não dá para fazer mais isso em um jogo tão importante. Errei porque fiz algo que não estou acostumado.

Sobre as críticas da torcida, Elano disse que espera que haja paciência com a sua falha e que não seja perseguido pelo pênalti desperdiçado.

- Tenho uma história bonita aqui dentro e espero que ela não seja apagada por esse erro. Fiquei triste, mas peço paciência porque tenho cinco anos de Santos e dois títulos históricos. Reconheço que na noite de hoje eles estão na razão, porém, espero que possamos trabalhar em paz. 

Irritado, Elano destacou que, caso isso não venha aacontecer, pode até mesmo repensar a sua situação no clube.

- Não posso generalizar porque alguns me aplaudiram. Tenho um respeito grande pela torcida, mas peço que eles reflitam e possam me dar possibilidade de corrigir o meu erro. Não é fácil quando acontece esse tipo de coisa. Foi uma noite infeliz, mas sou um cara direito. Se esse erro fizer com que as críticas persistam, eu prefiro ir embora pela história que tenho aqui.